Páginas

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

JUVENTUDE!...


Geração F16 
Feliz dia  (12 de Agosto), Feliz Semana, Feliz Mês da Juventude.

Há precisamente 1 ano, 7 de Agosto, germinou a ideia que passou a guiar a minha vida, F16 : A Vez e A Voz da Juventude. O momento de uma nova postura da Juventude na política Caboverdiana.

A palavra Juventude tem sido o mesmo que “Abra Cadabra” dos feiticeiros para os políticos caboverdianos. Mal surgem as eleições, faz-se uns cálculos de que a juventude é maioritária e a decisão das eleições está nesta faixa etária.
Mais, estes têm a força de se multiplicar rapidamente através das redes sociais gerando impacto.O cálculo da multiplicação de votos utilizando o factor J.

Ora, acabam-se as eleições e a palavra juventude é guardada no “safety box” a 7 chaves.Nos resquícios das recentes eleições todos os partidos analisam a abstenção e a apontam como o factor que os prejudicou. Mudam o tipo de eleições (legislativas, presidenciais e autárquicas), muda o município, muda o partido vencedor e uma das desculpas, ups… “desculpem”, uma das análises (para ser politicamente correto) do perdedor é a sempre a abstenção.O certo é que a abstenção não tem nem cor, nem idade. Ninguém sabe quantos de cada faixa etária deixou de votar.

Definitivamente o que tem cara e idade são os estudos cientificamente realizados. Um desses estudos, o Estudo Diagnóstico da Juventude Cabo-verdiana, mostra que os jovens na sua larga maioria não confiam nos Políticos. Tal estudo apenas nos confirmou os comentários e “likes” do facebook, onde se encontram 52% dos nossos jovens.

Também pudera, com políticos a discutirem cuecas e mulheres no parlamento, guerra de cebola, pimentão e tomates à frente das câmaras. Que somos um país com um sol invejável sabemos, agora descer do nível do elegante “blazer” para as cuecas, deve ser muito calor no cérebro. Que gostamos de “scabexu” sabemos, mas festival de tomates é na Espanha. Esses são os episódios mais recentes de uma lista de situações que nada têm a ver com a arte de fazer política.

 Fazer política é uma arte que poucos vêem a essência, que no nosso seio tem sido entendido como a arte da guerra para o poder. Fazer política na verdade é ser altruísta, é colocar a colectividade em primeiro lugar, Para fazer política são precisas três coisas. Tecnicidade, Charme/classe e Povo.Este último vejo-o como a aproximação às pessoas que devem ser o foco dos políticos guiados pela Humildade. Classe ou charme político tem a ver com o saber estar, o saber marcar presença, tem a ver com o nível e a elegância intelectual de não se descer ao nível da baixaria. E não menos importante a qualidade técnica, e não a “bazofaria” intelectual, mas sim saber ser estratega e fazer as coisas acontecerem.

O certo é que a nossa geração fartou-se das cuecas e dos tomates, a nossa geração fartou-se da magia da palavra “juventude” em momentos de campanha, a nossa geração já não confia nos políticos. O porquê desta desconfiança? Porque na verdade, ao contrário de que muitos pensam a política não é feita de promessas, de ataques e ofensas pessoais. Estes discursos cansaram-nos. O discurso deve ser de força, poderoso e objetivo, dominado pela Vontade de trabalhar, pela motivação de trazer algo de novo, pela paixão por algo, pela franqueza, por valores e princípios e não por estas utopias.

Um deputado disse recentemente que a juventude deverá assaltar a cena política em 2016. Certo, mas atrevo-me a corrigi-lo dizendo que não vamos assaltar, vamos entrar pela porta da frente em grande estilo, com charme, classe, humildade e tecnicidade. 

A Minha Geração é poderosa e em 2016 o provaremos, com jovens a assumirem os cargos de liderança deste país.  Respeitamos a geração anterior pelo brilhante contributo que deu ao processo de desenvolvimento. As fundações foram feitas, o rés-do-chão, e agora chegou a vez da MINHA GERAÇÃO fazer o primeiro andar. CHEGOU A VEZ E A VOZ DA JUVENTUDE.

Assim, estamos lançando a seguinte oferta de emprego: NOVA GERAÇÃO DE POLÍTICOS PRECISA-SE, JÁ!

 Os partidos políticos precisam urgentemente de renovação geracional. Jovens na política e fazendo políticas, não esse nome de activista dado à minha geração e colocá-los nas rotundas abanando ao vento e ao sol como se fossem plantas para enfeitar essas infraestruturas.

Srs. Deputados Jovens, quero vos ver em acção, não vos vejo a percorrerem bairros, não vos vejo em debates, não vos vejo na televisão, não vos vejo a incentivar jovens para o exercício político, não vos vejo nos liceus, não vos vejo nas universidades, não vos vejo a promoverem a marca “Juventude Crioula”, enfim….Onde estão?

Chegou o tempo de restaurar a confiança da Juventude na Política, de uma forma muito simples:sendo a própria juventude a fazer a política.

Jovens Líderes, Jovens Políticos, Precisam-se! 

F16, a Vez e a Voz da Juventude.  

By: Alfredo Pina aka F16

Sem comentários:

Enviar um comentário